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O coração das diabéticas em risco

27/05/2014

A grande questão agora é identificar as razões dessa diferença. "Existem várias suspeitas, mas até agora nada foi comprovado", diz a cardiologista Maria da Consolação Vieira Moreira, diretora científica da Sociedade Brasileira de Cardiologia e professora da Universidade Federal de Minas Gerais. Os autores do levantamento que constatou o risco mais elevado especulam que a diabetes parece prejudicar mais o metabolismo das mulheres. Por isso, quando iniciam o tratamento, elas já enfrentam maiores sequelas. Isso também explicaria o fato de as mulheres terem mais dificuldade para alcançar as metas do tratamento. "Mais estudos são necessários para determinar os mecanismos reais responsáveis pela diferença no risco coronariano relacionada à diabetes entre os sexos", disse Rachel Huxley, da Universidade de Queensland, na Austrália, uma das autoras da pesquisa. O estudo foi publicado na revista "Diabetologia". 

Há de fato grande urgência em saber o que eleva o perigo para o coração feminino. "Uma em cada três mulheres no mundo morre por problemas cardiovasculares. É a doença que mais tira vidas femininas", diz a cardiologista Maria da Consolação. Para piorar, elas também enfrentam um risco maior do que os homens de sofrer acidentes vasculares cerebrais. Se forem diabéticas, por exemplo, estudos indicam que o risco é 25% maior do que em homens na mesma condição. "Acima dos 55 anos, o risco se torna altíssimo", diz a médica. As descobertas estão fomentando o debate. "Se a mulher diabética é de maior risco, é de se pensar em um tratamento mais agressivo para elas. Mas, por enquanto, não existe nenhuma recomendação estabelecida nesse sentido", diz Maria da Consolação.

Fonte: IstoÉ


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